![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
|
Domingo, 24 de fevereiro de 2019 |
23-11-2018 |
Pets também podem doar sangue e salvar vidas de outros animais |
Dia Nacional do Doador de Sangue, 25 de novembro, é oportunidade de alerta para maior conscientização sobre doações para cães e gatos A baixa de estoque de bolsas de sangue para atender pacientes que precisam de transfusão é algo recorrente somente nos hemocentros humanos, o mesmo cenário ocorre com cães e gatos que precisam de transfusão em clínicas e hospitais veterinários. A difusão de informações e a sensibilização de tutores sobre o procedimento é essencial. Em São Paulo, estima-se que sejam usadas cerca de 20 mil bolsas por mês nos hospitais veterinários. O Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado em 25 de novembro, portanto, é uma data importante também para a saúde animal e uma oportunidade de incentivar a doação voluntária também pelos pets. “Situações comuns como atropelamentos, intoxicações e cirurgias podem levar à necessidade de uma bolsa de sangue para salvar o animal e garantir uma recuperação eficaz. Enfrentamos diariamente a falta de sangue de cães e gatos para transfusão”, conta o médico-veterinário Thomas Faria Marzano, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) e diretor clínico do Hospital Veterinário Jardins. Manter esses bancos com o estoque regularizado é tão importante quanto nos hemocentros humanos. “Ampliar o cadastro de doadores voluntários possibilita que tenhamos atendimentos mais ágeis para a transfusão de sangue, aumentando as chances de salvarmos um maior número de vidas em nossas clínicas e hospitais veterinários”, afirma Marzano. O profissional lembra que existem bancos de sangue veterinários particulares e universitários que recebem o cadastro de doadores durante todo o ano. “Entretanto, nem todo pet pode se tornar um doador e essa avaliação será feita de forma criteriosa. É fundamental ampliarmos a conscientização, para que cada vez mais animais sejam cadastrados”, explica. Saúde em dia para o pet voluntário Tutores de cães e gatos que se sensibilizam com a causa devem procurar um banco de sangue especializado. Para estarem aptos a doar, animais de companhia precisam atender a alguns critérios específicos, de forma a garantir que o processo de coleta ocorra da forma mais saudável possível. O animal deve ser dócil e nunca ter realizado uma transfusão de sangue. Gatos, por exemplo, precisam ter, no mínimo, seis quilos e o limite de coleta por animal é de 16 ml. Já os cães precisam ter mais de 30 quilos para a coleta máxima de 500 ml de sangue. “É interessante observar também que os animais precisam estar vacinados, vermifugados, ter entre dois e oito anos e, no caso das fêmeas, não podem estar no cio ou prenhas”, elucida o profissional. Assim como na doação de sangue humano, para estar apto a doar, o animal passa por uma avaliação criteriosa. O presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, Thomas Marzano, detalha o check up completo da saúde do animal. No caso dos cães, são necessários os seguintes exames: - Hemograma completo - Leishmaniose - Dirofilariose (infecção parasitária) - Ehrlichia (infecção bacteriana) - Doença de Lyme (transmitida por carrapatos) - Brucelose (também conhecida como Febre de Malta ou Febre de Gibraltar, transmitida por bactérias) - Exames de função renal e hepática Já para os gatos, as vantagens de se tornar um doador é conseguir de forma gratuita os resultados de exames como: - Hemograma completo - Função renal - Sorologia para FIV (imunodeficiência viral felina) - Sorologia para FELV (Leucemia viral felina) - PCR Micoplasmose (doença que pode levar a anemia intensa) - Tipagem sanguínea “É por esse cuidado que reforçamos a ideia de que, além de salvar vidas, ter um pet doador também é garantia de um olhar cuidadoso e aproximado da saúde do seu animal”, explica o médico-veterinário. Os bancos de sangue veterinários devem ser registrados no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado em que atuem e contar com um médico-veterinário responsável técnico averbado junto ao órgão, profissional que irá garantir uma coleta sem riscos. “O ideal é que o tutor procure um banco de sangue de confiança para o cadastro, os exames e a coleta. Essa é a melhor forma de garantir um procedimento seguro, lembrando que o animal pode doar a cada dois meses”, ressalta Marzano. |
![]() |
|||||
|
|||||
Copyright 2006-2009 © CRMVSP. Todos os direitos reservados. |